sábado, 22 de maio de 2010

Quênia




O Quênia está situado na África oriental, tendo fronteiras a leste com a Somália, a norte com a Etiópia e o Sudão, a oeste com o Uganda, a sudoeste com a Tanzania e a sueste é banhado pelo Oceano Índico. A sua capital é Nairóbi. Sua população total é de 30,1 milhões de habitantes. Sua colonização foi feita pelos britânicos As cores da sua bandeira representam o preto: continente africano, o vermelho: valentia, o verde: riquezas naturais, e branco: paz e harmonia. A língua oficial do Quênia é o inglês, mas fora das salas de aula, o idioma dominante é o Swahili, uma junção do árabe com a língua dos bantus. O Swahili é tão importante que é utilizado em vários países do leste africano, como Uganda, Tanzânia, norte do Moçambique e sul da Somália (o que facilita inclusive os negócios entre tais países). Por esta abrangência de domínio da língua Swahili, dá para se perceber o quanto que a língua inglesa é uma imposição da cultura branca. Cada tribo tem seu próprio dialeto como característica de sua cultura regional, o que faz do Quênia uma nação com mais de cinqüenta dialetos.
Em nosso país, os jovens do sexo masculino passam por um ritual de aceitação para a fase adulta. Este processo varia de tribo para tribo, mas acredito que o caso mais interessante é o da tribo Maasai (de etnia Kalenjin), uma das mais tradicionais que ainda mantém suas raízes fortemente: o jovem maasai para ser aceito como adulto deve combater um leão até a morte utilizando apenas uma espada, sem qualquer tipo de escudo, muito menos armas de fogo. Já a maioria das tribos, como os Kikuyus, por exemplo, utiliza-se de rituais mais simples, como a circuncisão. As garotas também tinham seu processo de iniciação da fase adulta, que consistia na amputação do clítoris para restringir a vontade e o prazer sexual após o casamento, mas hoje em dia esta prática está em desuso, devido aos princípios de direitos humanos em questões de gênero serem mais discutidos, mesmo nas tribos mais isoladas.
A religião é tão variada e rica como no Brasil: Nas tribos mais tradicionais, ainda se tem a religião politeísta relacionada com a natureza, isto é, deuses da chuva, da seca, do Sol, da terra, da água, etc.; Por outro lado, a colonização trouxe o cristianismo presente no catolicismo, protestantismo e até o satanismo. O casamento, tanto nas cidades grandes como nas tribos mais remotas, funciona da mesma maneira: é tradicional a poligamia, isto é, um homem pode ter várias esposas, assim como uma mulher pode ter vários maridos, diferente do Brasil monogâmico. Outra diferença entre o Quênia e o Brasil é que enquanto no Brasil tem-se o costume do noivo receber um dote do seu sogro, no Quênia, ao se acertar o casamento, o chefe de família - aquele (ou aquela) que terá vários conjugues - é quem oferece o dote ao sogro.
Em cada região do interior, cada tribo ensina a suas crianças seu folclore, suas lendas e tradições, logo, pela grande quantidade de tribos, torna-se impossível listar aqui cada um dos folclores tradicionais. Nas escolas das grandes cidades quenianas, como são presentes várias tribos e etnias, não se ensina as peculiaridades de cada uma, mas a cultura do branco britânico (que ficou como herança da colonização). Como cresci em Nakuru (cidade pouco acima da capital Nairóbi), tive este tipo de educação das grandes cidades, o que vejo como desvantagem, pois assim a cultura tradicional vai se perdendo e as futuras gerações vão pouco se importar para a verdadeira história de seu povo.
A culinária é tão rica quanto o folclore, tendo sua variação tão numerosa quanto nossas tribos. Dependendo dos produtos alimentícios mais representativos de cada região, a alimentação será mais influente neste aspecto. Por exemplo, ao norte do país, por causa da região árida, a caça é muito praticada, assim sua alimentação é rica em carne. Ao sul, por existir uma grande produção de caju, a castanha deste fruto é a base de muitos alimentos. Em grandes cidades, come-se de acordo com o dinheiro que se possui. Como a carne de frango é muito cara, a alimentação mais barata tem por base carne bovina e arroz.
No esporte, com exceção do basquete (praticado não profissionalmente) não temos a tradição de esportes coletivos (como o futebol brasileiro): O Quênia mostra sua força através dos esportes individuais, como o atletismo, onde os Kalenjins são grandes representantes, principalmente entre os velocistas. Outros esportes muito praticados são o rugby e o cricket. Os jogos mais tradicionais são o xadrez, o scrabble (jogo de palavras cruzadas), jogos de dados e o monopoly (tipo de “jogo da vida”).
Na arte queniana, não se tem o costume de valorizar um artista em particular: a produção fica, assim, coletiva. E, da mesma maneira que a culinária e os dialetos, cada tribo tem sua cultura característica, o que faz do Quênia uma nação artisticamente muito variada. Nas cidades grandes, a globalização altera a arte, de maneira que os expoentes estrangeiros são muito mais influentes que os quenianos. Antigamente a maior tendência era a britânica, mas hoje surge um surto de influências japonesas de grande importância

Grupo: Myllena Regina, Gustavo Henrique e Miguel Félix

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